Democraticidade e Inovação no ensino – Parte II

Como disse no artigo anterior, participei numa sessão de trabalho sobre Interoperabilidade no evento Software Livre nas escolas, juntamente com o Paulo Vilela da Sun. Tivemos cerca de 40 pessoas divididas pelas sessões da manhã e da tarde. Do meu ponto de vista, foi uma sessão interessante,  muito rica em termos de debate e tenho recebido mensagens muito positivas. Por vezes, fiquei com a sensação que eu e o Paulo estávamos muito envolvidos na discussão de ideias e que os participantes desligaram um pouco. Espero que isso não tenha acontecido!

A sessão de trabalho teve duas partes: uma apresentação sobre interoperabilidade nos formatos de documentos e uma segunda parte de debate. A apresentação sobre interoperabilidade foi muito interessante já que o Paulo Vilela teve uma boa iniciativa e convidou dois alunos do Barreiro para fazer esta demonstração de interoperabilidade entre aplicações de produtividade pessoal. A seguir, tivemos o debate que foi animado e contou com diferentes intervenções e perspectivas, ficando bem claras as diferentes convicções.

Vou apenas destacar alguns pontos que foram discutidos e que acho importante partilhar aqui.

O primeiro ponto teve a ver com a forma como os novos formatos de ficheiros do Microsoft Office (docx, pptx, xlsx) podiam ser lidos pelas antigas versões do Microsoft Office. A forma de o fazer é instalar um Plug-in que está disponível em: https://www.microsoft.com/downloads/details.aspx?FamilyId=941b3470-3ae9-4aee-8f43-c6bb74cd1466&displaylang=en

Outro ponto levantado A questão dos preços do software Microsoft para a educação. É importante esclarecer que a Microsoft tem politica própria para a área de educação. É comum ver estudos e comparações para a área da educação baseadas em preços de mercado, o que não faz qualquer sentido!  Toda e qualquer instituição de ensino poderá contactar um dos parceiros Microsoft dedicados  à área da educação. A lista destes parceiros está partilhada neste site:https://aer.microsoft.com/aer/searchaer.aspx  e seleccionar Portugal.  

Por último, surgiu a questão da disponibilidade no mercado de máquinas (portáteis, desktops e outras) com diferentes sistemas operativos. É importante esclarecer os seguintes pontos:

  • É da total responsabilidade do fabricante de hardware escolher qual o sistema operativo que quer incluir na suas máquinas
  • Não existe qualquer exclusividade de inclusão dentro desses sistemas operativos
  • Não existe qualquer obrigatoriedade em detalhar os diferentes componentes da máquina: processador, placas, memória e outros

Como disse, foi uma excelente sessão, muito interactiva e participativa e que deu oportunidade a todos de partilhar opiniões e pensamentos. Espero poder voltar a participar numa próxima ocasião!