Um passo além da virtualização: AZURE! – Parte 1

A plataforma AZURE foi apresentada durante o PDC 2008 e tem gerado muita agitação na comunidade técnica. Há quem a coloque como revolução, há quem diga que é um mundo totalmente novo, há quem diga que AZURE é uma panacéia.

Se você está assustado com todas essas novidades, CALMA! AZURE é só mais um passo.
E adivinhe qual tecnologia também compõe a base do AZURE? Sim: Virtualização!

Vamos começar por entender o conceito. Como o tema é relativamente extenso, vou dividir esta discussão em diversos tópicos. Fiquem à vontade para fazer comentários, ajudando inclusive a direcionar os próximos posts.

Afinal, o que é AZURE?

The Cloud Computing and Services Platform Diagram

A definição mais simplista do AZURE é: uma plataforma para você rodar suas aplicações, seja “on-premises” ou “na nuvem”.
Ok, mas o que é “on-premises” e o que é “na nuvem”?

On-premises

Quando você cria uma infra-estrutura para rodar suas aplicações, montando uma rede elétrica e uma rede de dados, comprando servidores e instalando-os em racks numa sala devidamente refrigerada, instalando o sistema operacional e as aplicações “server” nestes equipamentos e o sistema operacional e a parte “client” nos computadores dos usuários (essa parte “client” pode se resumir a um browser), você está rodando suas aplicações “on-premises”.

Na nuvem (ou seria nas nuvens?)

Uma alternativa recente para este cenário é a de utilizar servidores que estão na Internet (ou seja, “na nuvem”) para atuar como o lado “server” da infra-estrutura. Normalmente, tudo o que você precisa no lado “client” é um browser e talvez uma camada a mais de software para ajudar (ex: .Net Framework e Silverlight da Microsoft, Google Gears da Google, AIR da Acrobat).
Isto é uma infra-estrutura baseada “na nuvem”, na qual você não precisa mais gastar dinheiro ou se preocupar com investimentos e manutenção no DataCenter.

Talvez você tenha levantado duas perguntas...

Pergunta 1. Então todo processamento vai para a nuvem?

Há empresas que acreditam nisso. A Microsoft tem uma visão um pouco mais flexível, e acredita que são os clientes que têm que tomar esta decisão. É por isso que o AZURE é uma plataforma que permite que você rode suas aplicações “on-premises” ou “na nuvem”.
Você escolhe. Com a vantagem que a tecnologia para fazer isso é a mesma em ambos os casos.

Pergunta 2. AZURE: Futuro ou Passado?

Apesar da resposta ser óbvia, você pode estar pensando: Se passarmos a rodar as aplicações em gigantescos datacenters, não é muito parecido com o que tínhamos no passado, com os mainframes?

Apesar de alguns conceitos serem parecidos (como a própria virtualização, já presente nos mainframes), há enormes diferenças.

Para se conectar a um mainframe, era necessário um equipamento específico (muitas vezes proprietário), um protocolo específico (e proprietário), e até mesmo o cabeamento era específico e proprietário. O impacto disso nos custos era enorme.

Hoje, na Internet (ou “nuvem”), os protocolos são padronizados e abertos, e qualquer equipamento utilizando qualquer tecnologia de rede (de celulares a poderosos desktops com banda larga multimegabits) podem usufruir dos serviços “na nuvem”.

Isso significa que os serviços estão disponíveis em qualquer lugar, em qualquer dispositivo, a um custo muito menor do que no passado. Realmente... quem falou em revolução até que não estava tão errado assim... ;)