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O Passo a Passo da Virtualização - Passo 2

No nosso primeiro passo, discutimos o conceito básico de virtualização. Onde este conceito está nos levando?

A virtualização pode ser aplicada de diversas formas, tanto que podemos citar 4 modelos de virtualização: Servidor, Estação, Apresentação e Aplicação.

  • Servidor e Estação

No modelo de virtualização de servidores e estações, todo um computador é virtualizado, ou seja, cria-se uma máquina virtual utilizando os recursos da máquina real, que é normalmente chamada de host. A máquina virtual é chamada de guest.

O efeito prático disso é que passamos a ter um novo computador à disposição (a máquina virtual), que possui sua própria memória, seu próprio disco, suas próprias placas de vídeo e rede, etc.

Claro que não houve milagre de multiplicação aqui... Os recursos desse "novo" computador são nada mais do que recursos "virtuais", ou seja, recursos que o sistema "faz de conta" que existem. Ná prática, o sistema de virtualização utiliza os recursos reais (do host) para realizar esta virtualização.

Exemplo: Para virtualizar um disco, o que o sistema faz é reservar uma área do disco real para a máquina virtual. O sistema então "finge" que tem um disco extra para o guest, obedecendo aos comandos enviados a este disco virtual. Estes comandos são "interpretados" pelo sistema de virtualização, que escreve/lê os dados no disco real (na área reservada para aquele disco virtual).

  • Apresentação

Neste modelo, a idéia é fazer com que o usuário se sinta usando o próprio computador, quando na realidade o processamento acontece num servidor central. O que o usuário "vê" é virtualizado para ele (daí o nome "Apresentação").

O usuário interage normalmente com seu computador, como se o programa em uso estivesse instalado e rodando localmente. Na realidade, os comandos de interação (feitos através do teclado e mouse) são direcionados para um servidor, onde o programa está efetivamente rodando. Os resultados obtidos pelo programa são enviados de volta ao computador do usuário, que os visualiza normalmente em sua tela.

  • Aplicação

Este é um modelo bastante recente, e o mais difícil de explicar... :)

Trata-se da virtualização do ambiente que uma aplicação precisa para rodar. Para entender o conceito, vamos dar asas à imaginação e nos transformar em um programa de computador. Forcei?

Precisaremos ser armazenados em algum lugar (normalmente a pasta "Arquivos de Programa"). Sentiremos também a necessidade de interagir com os dispositivos do computador (através de comandos enviados ao sistema operacional). Claro que vamos querer lembrar das nossas configurações quando formos rodados... e para isso escreveremos no "Registry". Para sermos mais simpáticos, vamos permitir a customização para cada usuário do computador, e então armazenaremos dados no perfil do usuário.

Todos estes "recursos" que um programa precisa são virtualizados para cada aplicação, de forma individual para cada uma delas (sem a necessidade de virtualizar toda uma máquina para cada aplicação).

O mais legal é que usando este modelo, as aplicações não são instaladas no computador, mas são armazenadas em arquivos e "baixadas", via streaming, para o computador onde vão rodar. O sistema de virtualização então disponibiliza o ambiente necessário e permite a perfeita execução da aplicação.

Nos próximos posts discutiremos em que situações utilizar cada modelo e os benefícios trazidos por cada um.